sábado, 24 de novembro de 2012

Tudo Coopera Para o Bem - Parte 2


Trecho da obra A Divine Cordial (“Um Tônico Divino”), de Thomas Watson,
publicada pela primeira vez em 1663.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.” (Romanos 8.28)

2. As promessas de Deus cooperam para o bem do homem piedoso.

As promessas são anotações nas mãos de Deus; não é bom termos segurança? As promessas são o leite do evangelho; e não é o leite para o bem da criança? Elas são chamadas “preciosas promessas” (2Pe 1.4). Elas são tônicos para a alma que esta a ponto de desmaiar. As promessas são cheias de virtude.
Estamos nós sob a culpa do pecado? Há uma promessa, “o Senhor [é] compassivo e grande em misericórdia” (Êx 34.6), na qual Deus, por assim dizer, põe Seu glorioso bordado e estende Seu cetro de ouro para encorajar pecadores pobres e hesitantes a se achegarem a Ele. “O Senhor, misericordioso.” Deus está mais disposto a perdoar do que a punir. A misericórdia abunda em Deus mais do que o pecado em nós. Misericórdia é a Sua natureza. A abelha naturalmente produz mel; ela ferroa apenas quando é provocada. “Mas”, diz o culpado pecador, “eu não mereço misericórdia”. Ainda assim, Ele é gracioso: Ele demonstra misericórdia, não porque nós merecemos misericórdia, mas porque Ele se deleita na misericórdia. Mas o que isso significa para mim? Talvez meu nome não esteja entre aqueles que são perdoados. “Ele usa de misericórdia para milhares” (cf. Jr 32.18). A casa do tesouro da misericórdia não está falida. Deus tem muitas riquezas disponíveis, sendo assim, por que você não viria para tomar parte entre os Seus filhos?
Estamos nós sob a podridão do pecado? Há uma promessa que coopera para o bem: “Curarei a sua infidelidade” (Os 14.4). Deus não apenas concederá misericórdia, mas também graça. E Ele fez uma promessa de enviar o Seu Espírito (Is 44.3), o qual, por Sua natureza santificadora, é às vezes comparado nas Escrituras à água que limpa o vaso; à peneira que joeira o milho; às vezes, ao fogo que refina o metal. Assim, o Espírito de Deus há de purificar e consagrar a alma, tornando-a participante da natureza divina.
Estamos nós em grande tribulação? Há uma promessa que coopera para o bem: “Na sua angústia eu estarei com ele” (Sl 91.15). Deus não leva o Seu povo à tribulação e os deixa lá. Ele os acompanhará; Ele sustentará suas cabeças e seus corações quando eles estiverem desmaiando. E há outra promessa: “Ele é a sua fortaleza no dia da tribulação” (Sl 37.39). “Oh”, diz a alma, “eu hei de desmaiar no dia da aflição.” Mas Deus será a força do nosso coração; Ele trará as Suas forças para junto de nós. Ou ele fará a Sua mão mais leve, ou tornará a nossa fé mais forte.
Tememos nós necessidades exteriores? Há uma promessa: “Aos que buscam o SENHOR bem nenhum lhes faltará” (Sl 34.10). Se for bom para nós, haveremos de tê-lo; se não for bom para nós, então será retido, e isso será para nosso bem. “Eu abençoarei o vosso pão e a vossa água” (Êx 23.25). Essa benção cai como doce orvalho sobre a folha; ela adoça o pouco que possuímos. Deixe-me ter necessidade, para que eu possa ter a benção. Mas temo eu não ter um meio de subsistência? Examine as Escrituras: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25). Como nós devemos entender tal declaração? Davi fala a respeito disso como a sua própria observação; Ele nunca contemplou tal eclipse, ele nunca viu um homem piedoso tão rebaixado ao ponto de não ter um bocado de pão para colocar na boca. Davi nunca viu o justo e a sua descendência em falta. Embora o Senhor possa provar pais piedosos por um tempo, pondo-os em necessidade, ele não fará o mesmo com a descendência dele; a descendência dos piedosos será provida. Davi nunca viu o justo mendigando pão, ou desamparado. Embora ele possa ser posto em grande aperto, ele não é desamparado; ele ainda é um herdeiro do paraíso, e Deus o ama.
Pergunta: Como as promessas cooperam para o bem?
Resposta: Elas são alimento para a fé, e aquilo que fortalece a fé coopera para o bem. As promessas são o leite da fé; a fé suga delas os nutrientes, como a criança os suga do peito. “Jacó teve medo e se perturbou” (Gn 32.7). Seu espírito estava prestes a desmaiar, e agora ele vai para a promessa: “E disseste: Certamente eu te farei bem” (Gn 32.12). Essa promessa foi o seu alimento. Ele adquiriu tanta força dessa promessa que foi capaz de lutar com o Senhor a noite toda em oração, e não deixou Ele ir até que o houvesse abençoado.
As promessas são também fontes de alegria. Há mais nas promessas para nos dar conforto do que há no mundo para nos causar perplexidade. Ursino [1] foi confortado com esta promessa: “Da mão do Pai ninguém as pode arrebatar” (Jo 10.29). As promessas são tônicos para aqueles que estão desmaiando. “Não fosse a tua lei ter sido o meu prazer, há muito já teria eu perecido na minha angústia” (Sl 119.92). As promessas são uma rede para puxar o coração e impedi-lo de afundar nas águas profundas da angústia.
[1] Nota do Tradutor: Talvez, uma referência a Zacarias Ursino, um dos autores do Catecismo de Heidelberg. Você pode ler uma breve biografia a respeito dele no blog Reforma & Razão.
Por Thomas Watson. Original: A Divine Cordial By Thomas Watson


Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/05/thomas-watson-as-melhores-coisas-25/#ixzz2D6jMqwq2

terça-feira, 26 de junho de 2012


Tudo coopera para o bem
[Parte 1 | Parte 2]

1. O supremo motivo pelo qual todas as coisas cooperam para o bem é o íntimo e carinhoso interesse que Deus tem pelo Seu povo.

O Senhor fez uma aliança com eles. “Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus” (Jeremias 32.38). Em virtude desse pacto, todas as coisas cooperam, e devem mesmo cooperar, para o bem deles. “Eu sou Deus, o teu Deus” (Salmo 50.7). Essa expressão, “o teu Deus”, é a mais doce expressão em toda a Bíblia; ela revela as melhores relações, e é impossível que haja tais relações entre Deus e o Seu povo e, ainda assim, todas as coisas não cooperem para o bem deles. Essa expressão, “Eu sou o teu Deus”, implica:
(1) A relação de um médico: “Eu sou o teu Médico”. Deus é um Médico habilidoso. Ele sabe o que é melhor. Deus observa os diferentes temperamentos dos homens, e sabe o que irá funcionar com mais eficácia. Alguns são de uma disposição mais dócil e são conduzidos pela misericórdia. Outros são vasos mais ríspidos e complicados; com esses, Deus trata de uma maneira mais forçosa. Algumas coisas se conservam em açúcar, outras, em salmoura. Deus não trata com todos de maneira indistinta; Ele tem provações para o forte e consolos para o fraco. Deus é um Médico fiel, e portanto usará todas as coisas para o melhor. Se Deus não lhe dá aquilo de que você gostaria, Ele dará aquilo de que você precisa. Um médico não estuda tanto para satisfazer os gostos do paciente, mas para curá-lo de sua enfermidade. Nós nos queixamos de que provações muito dolorosas vêm sobre nós; lembremo-nos de que Deus é o nosso Médico, portanto Seu trabalho é para nos curar, ao invés de para nos entreter. A maneira de Deus tratar com os Seus filhos, embora seja severa, é uma maneira segura e que visa a nos curar; “ para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem” (Deuteronômio 8.16).
(2) Essa expressão, “o teu Deus”, implica a relação de um Pai. Um pai ama o seu filho; portanto, seja um sorriso, seja uma palmada, tudo é para o bem da criança. “Eu sou o seu Deus, o seu Pai, portanto tudo o que Eu faço é para o seu bem”. “Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o SENHOR, teu Deus” (Deuteronômio 8.5). A disciplina de Deus não é para destruir, mas para aperfeiçoar. Deus não pode causar dano aos Seus filhos, pois Ele é um Pai de terno coração: “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem” (Salmo 103.13). Acaso um pai buscará a ruína do seu filho, do filho que veio dele mesmo e que carrega a sua imagem? Todo o seu cuidado e disposição são para o seu filho: em favor de quem ele deixa a sua herança, senão para o seu filho? Deus tem um terno coração e é o “Pai de misericórdias” (2Coríntios 1.3). Ele derrama todas as misericórdias e toda a bondade nas criaturas.
Deus é um Pai eterno (Isaías 9.6). Ele era o nosso Pai desde a eternidade; antes que nós fôssemos crianças, Deus era nosso Pai, e Ele será nosso Pai para a eternidade. Um pai provê para o seu filho enquanto vive; mas o pai morre, e então o filho pode ser exposto a danos. Mas Deus nunca cessa de ser um Pai. Você, que é um crente, tem um Pai que nunca morre; e, se Deus é o seu Pai, você nunca ficará desamparado. Todas as coisas devem cooperar para o seu bem.
(3) Essa expressão, “o teu Deus”, implica a relação de um Marido. Essa é uma relação íntima de doce. O marido busca o bem de sua esposa; seria antinatural que ele vagueasse para destruir sua mulher. “Porque ninguém jamais odiou a própria carne” (Efésios 5.29). Há uma relação marital entre Deus e o Seu povo. “Porque o teu Criador é o teu marido” (Isaías 54.5). Deus ama plenamente o Seu povo. Ele o tem gravado na palma de Suas mãos (Isaías 49.16). Ele o põe como um selo sobre o Seu coração (Cântico dos Cânticos 8.6). Ele dará reinos pelo seu resgate (Isaías 43.3). Isso mostra quão próximos eles estão em Seu coração. Se Ele é um Marido cujo coração é pleno de amor, então Ele irá buscar o bem de Sua esposa. Ou Ele a protegerá de um dano, ou Ele o converterá para o seu melhor.
(4) Essa expressão, “o teu Deus”, implica a relação de um Amigo. “Tal [é] o meu amigo” (Cântico dos Cânticos 5.16, ARC). Um amigo é, como diz Agostinho, metade do nosso eu. Ele é atento e desejoso acerca de como pode fazer bem ao seu amigo; ele promove o bem-estar dele como se fosse o seu próprio. Jônatas enfrentou o aborrecimento do rei pelo seu amigo Davi (1Samuel 19.4). Deus é nosso Amigo; portanto, Ele converterá todas as coisas para o nosso bem. Existem falsos amigos; Cristo foi traído por um amigo; mas Deus é o melhor Amigo.
Ele é um Amigo fiel. “Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel” (Deuteronômio 7.9). Ele é fiel em Seu amor. Ele deu o Seu próprio coração a nós, quando Ele entregou o Filho do Seu amor. Ali estava um padrão de amor sem paralelo. Ele é fiel em Suas promessas. “O Deus que não pode mentir prometeu” (Tito 1.2). Ele pode mudar a Sua promessa, mas não pode quebrá-la. Ele é fiel em seu proceder; mesmo quando Ele está afligindo, Ele é fiel. “Bem sei, ó SENHOR, que os teus juízos são justos e que com fidelidade me afligiste” (Salmo 119.75). Ele está nos peneirando e nos refinando como a prata (Salmo 66.10).
Deus é um Amigo imutável. “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei”(Hebreus 13.5). Amigos às vezes falham numa emergência. Muitos procedem com os seus amigo como as mulheres, com as flores: enquanto elas estão frescas, elas as põem junto ao peito, mas, quando começar a murchar, elas as jogam foram. Ou como um viajante faz com o relógio de sol: se o sol brilha sobre o relógio, o viajante sai da estrada para consultar o relógio; mas se o sol não brilha sobre ele, ele segue dirigindo, sem sequer se lembrar do relógio. Assim, se a prosperidade brilha sobre um homem, então os amigos atentam para ele; mas se uma nuvem de adversidade paira sobre ele, eles não se aproximarão. Mas Deus é um Amigo para sempre; Ele disse: “De maneira alguma te deixarei”. Embora Davi andasse pelo vale da sombra da morte, ele sabia que tinha um Amigo ao seu lado. “Não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo” (Salmo 23.4). Deus nunca afasta completamente o Seu amor do Seu povo. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (João 13.1). Sendo Deus tal Amigo, Ele fará todas as coisas cooperarem para o nosso bem. Não há amigo que não busque o bem do seu amigo.
(5) Essa expressão, “o teu Deus”, implica uma relação ainda mais íntima, a relação entre a Cabeça e os membros. Há uma união mística entre Cristo e os santos: Ele é chamado “o Cabeça da igreja”(Efésios 5.23). Não é verdade que a cabeça delibera pelo bem do corpo? Todas as partes da cabeça estão dispostas para o bem do corpo. O olho é posto como se estivesse numa torre de guarda; ele fica a postos para vigiar qualquer perigo que possa advir ao corpo, e preveni-lo. A língua serve tanto para provar como para discursar. Se o corpo fosse um microcosmo, ou um pequeno universo, a cabeça seria o sol desse universo, da qual procederia a luz da razão. A cabeça está posta para o bem do corpo. Cristo e os santos compõem um único corpo místico. Nossa Cabeça está nos céus, e certamente Ele não irá permitir que o Seu corpo sofra dano, mas irá deliberar para a sua segurança, e fará com que todas as coisas cooperem para o bem do corpo místico.


Por Thomas Watson. Original: A Divine Cordial By Thomas Watson

Tradução: voltemosaoevangelho.com

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quinta-feira, 21 de junho de 2012


T.P. Simmons – A Inspiração da Bíblia



Temos visível evidência que a Bíblia é uma revelação de Deus. E nos é dito na Bíblia que Deus deu a revelação por inspiração. Se a Bíblia é a revelação de Deus, justo é deixá-la falar por si mesma sobre a sua própria natureza. É nosso propósito, então, inquirir neste capítulo do sentido e da natureza da inspiração, segundo o propósito testemunho da Bíblia.
No curso que estamos seguindo aqui observamos a razão no seu sentido mais elevado. Mostrou-se que a razão requer uma crença na existência de Deus. E apontou-se, além disso, que é razoável esperar uma revelação escrita de Deus. É da competência da razão, então, em relação à revelação, antes que tudo, examinar as credenciais de comunicações que professam ser uma revelação de Deus. Se essas credenciais forem satisfatórias, deve então a razão aceitar as comunicações como vindas de Deus; daí, aceitar as coisas apresentadas como sendo verdadeiras. “A revelação é o vice-rei que apresenta primeiro suas credenciais à assembléia provincial e então preside” (Liebnitz). Na maneira precitada “a razão mesma prepara o caminho para uma revelação acima da razão e pede uma confiança implícita em tal revelação quando uma vez dada” (Strong).
Acima da razão não é contra a razão. É o racionalismo mais cru possível que rejeita tudo que não pode aprofundar ou demonstrar racionalmente. “O povo mais irracional do mundo é aquele que depende unicamente da razão, no sentido mais limitado” (Strong). O mero raciocínio ou o exercício da faculdade lógica não é tudo da razão. A razão, no sentido amplo, compreende toda força mental para reconhecer a verdade. A razão só pode rejeitar justamente aquilo que contradiz fatos conhecidos. E então, para estar seguro, a razão deve estar “condicionada em sua atividade por um santo afeto e iluminada pelo Espírito Santo” (Strong). A semelhante razão a Escritura não apresenta nada contraditório, conquanto ela faz conhecido muito além do poder desajudado do homem para descobrir ou compreender completamente.

I. O SENTIDO DA INSPIRAÇÃO

Quando Paulo disse: “Toda a Escritura é dada por inspiração de Deus” (II Timóteo 3:16), ele empregou a palavra grega “theopneustos” com a idéia de inspiração. A palavra grega compõe-se de “theos”, significa Deus, e “pneu”, significando respirar. A palavra composta é um adjetivo significando literalmente “respirado por Deus”. Desde que é o fôlego que produz a fala, esta palavra proveu um modo muito apto e impressivo de dizer que a Escritura é a palavra de Deus.

II. O ELEMENTO HUMANO NA INSPIRAÇÃO

No entanto, foi somente em casos especiais que as palavras a serem escritas foram ditadas por via oral para os escritores da Bíblia. Na maioria dos casos as mentes dos escritores tornou-se o laboratório em que Deus converteu o seu fôlego, por assim dizer, em linguagem humana. Isso não foi feito por um processo mecânico. A personalidade e temperamento dos escritores não foram suspensas. Estes são manifestos nos escritos. Assim lemos Gaussen: “Ao sustentar que toda a Escritura é de Deus, estamos longe de pensar que o homem não é nada… Nas Escrituras todas as palavras são do homem, como lá, também, todas as palavras são de Deus…. Em certo sentido, a Epístola aos Romanos é ao todo uma carta de Paulo e, em um sentido ainda maior, a Epístola aos Romanos é totalmente uma carta de Deus”(Theopneustia, um livro altamente aprovado por CH Spurgeon) E assim lemos também de Manly:.” A origem divina e a autoridade da a Palavra de Deus não são para ser afirmadas de modo a excluir ou dificultar a realidade da autoria humana, e as peculiaridades daí decorrentes. A Bíblia é a Palavra de Deus ao homem, na sua totalidade, mas, ao mesmo tempo, é verdade e completamente a composição de um homem. Nenhuma tentativa deve ser feita e vamos certamente fazer nada para anular ou ignorar o “elemento humano” das Escrituras, que inequivocamente é bem aparente, ninguém deve desejar assim ampliar o divino ao ponto de elimina-lo, em parte ou sua totalidade. Este é um dos erros que os homens honestos têm cometido. [A citação a seguir é muito para o ponto aqui: "Às vezes, pode ser francamente admitido, zelo pela autoridade divina e inerrância das Escrituras pode ter levado a teorias insustentáveis e modos de expressão, que tenham obscurecido a verdade. Para dizer, por exemplo, que os escritores foram apenas instrumentos passivos nas mãos do Espírito, ou na melhor das hipóteses amanuenses escritos ao ditado, a adotar, em outras palavras, a teoria da mecânica, é injustificada e maliciosa. Não faz parte da doutrina, e nunca foi geralmente realizada " (Nova Guia Bíblico, Urquhart, vol. 8, página 175).] Deixai ambos serem admitidos, reconhecidos, aceitos com gratidão e regozijo, cada um contribuindo para tornar a Bíblia mais completamente adaptado às necessidades humanas como o instrumento da graça divina, e guia para fracos e almas humanas errantes. A palavra não é do homem, quanto à sua origem, nem dependendo do homem, quanto à sua autoridade. É por e através do homem como seu meio; ainda não apenas simplesmente como o canal ao longo do qual ele é executado, como a água através de um tubo sem vida, mas através do homem como agente voluntário ativo “e inteligente na sua comunicação. Ambos os lados da verdade são expressos na linguagem bíblica: “Homens santos de Deus falaram inspirados (carregados) pelo Espírito Santo. ” ( 2 Pe 1:21) Os homens falaram, o impulso e a direção são de Deus” (A Doutrina Bíblica da Inspiração). “As Escrituras contêm um ser humano, bem como um elemento divino, de modo que, enquanto eles constituem um corpo de verdade infalível, esta verdade é moldada em moldes humanos e adaptados à inteligência humana comum” (Strong)

III. A INSPIRAÇÃO EXECUTADA MILAGROSAMENTE

O elemento humano na Bíblia não afeta a sua infalibilidade, assim como a natureza humana de Cristo não afetou Sua infalibilidade. A inspiração foi realizada milagrosamente assim como o nascimento virginal de Cristo foi realizada por milagre, e assim como os homens são levados ao arrependimento e fé milagrosamente. Arrependimento e fé são atos voluntários do homem, mas porque são feitas nele pelo Espírito Santo. Deus realizou o milagre da inspiração providencialmente preparando os escritores de seu trabalho e assim revelando Sua verdade para eles e assim permitindo, orientando e supervisionando-os na gravação de como nos dar através deles uma exata e transmissão completa de tudo o que Ele desejava revelar.
“Apesar do Espírito Santo não ter selecionado as palavras para os escritores, é evidente que Ele o fez através dos escritores” (Bancroft, Teologia Elementar).

IV. MÉTODOS NA INSPIRAÇÃO

O elemento miraculoso na inspiração, sem dúvida, não pode ser explicado. E não temos nenhum desejo que o homem possa explicá-lo. Mas até certo ponto, no mínimo, podemos discernir das Escrituras, os métodos que Deus usou na inspiração. Um estudo dos métodos empregados deveria levantar nossa apreciação da inspiração.

(1) Inspiração por meio da revelação objetiva.

Algumas vezes foi dada uma revelação direta e oral para ser escriturada, tal como foi o caso ao dar-se a Lei mosaica (Ex. 20:1) e tal como foi o caso, algumas vezes, com outros escritores (Dn. 9:21-23; Ap. 17:7).

(2) Inspiração por meio de visão sobrenatural.

Noutros casos deu-se uma visão sobrenatural com ou sem uma interpretação dela, como foi o caso com João na Ilha de Patmos.

(3) Inspiração por meio de Passividade.

Noutras vezes, quando não se nos dá evidencia de uma revelação externa de espécie alguma, os escritores foram tão conscienciosos e passivamente movidos pelo Espírito Santo que ficaram sabidamente ignorantes do impacto daquilo que escreveram, como foi o caso com os profetas quando escreveram de Cristo (1 Pedro 1:10).

(4) Inspiração por meio de iluminação divina.

Algumas vezes foi dada aos escritores tal iluminação divina como para capacita-los a entenderem e aplicarem a verdade contida em prévias revelações, mas não feitas inteiramente claras por eles; como foi o caso com escritores do Novo Testamento ao interpretarem e aplicarem a Escritura do Velho Testamento (Atos 1:16, 17, 20; 2:16-21; Rom. 4:1-3; 10:5-11).

(5) Inspiração por meio da direção de Deus.

Em alguns casos os escritores foram meramente de tal modo guiados e guardados para recordarem infalivelmente fatos históricos segundo Deus se agradou de faze-los, quer fossem esses fatos pessoalmente conhecidos deles, ou obtidos de outros, ou revelados sobrenaturalmente. Todos os livros históricos são exemplos oportunos aqui.

(6) Inspiração por meio de revelação subjetiva.

Noutras vezes foi a verdade revelada através dos escritores por tal vivificação e aprofundamento do seu próprio pensar como para habilitá-los a perceber e registrar infalivelmente a nova verdade, como parece ter sido o caso com Paulo em muitas das suas epístolas.
Somando tudo, podemos dizer que o processo de inspiração consistiu de tais meios e influências como aprouve a Deus empregar, segundo as circunstâncias, para poder dar-nos uma revelação divina, completa e infalível de toda a verdade religiosa de que precisamos durante esta vida. Ou podemos dizer com A. H. Strong: “Pela inspiração das Escrituras queremos significar aquela influência divina especial sobre as mentes dos escritores sagrados em virtude da qual suas produções, à parte de erros de transcrição, quando justamente interpretadas, constituem juntas uma regra de fé e prática infalível e suficiente”.

V. A EXTENÇÃO DA INSPIRAÇÃO

Ver-se-á que a inspiração verbal está implicada no que já dissemos; mas, como também já foi dito, isto não destrói o elemento humano na Escritura. A Escritura é, toda ela, a Palavra de Deus; ainda assim, muitíssimo dela é também a palavra do homem. Os escritores diferem em temperamento, linguagem e estilo, diferenças que estão claramente manifestas nos seus escritos, ainda que suas produções são tão verdadeiras e completamente a Palavra de Deus – como qualquer expressão oral de Jesus.

VI. PROVAS DA INSPIRAÇÃO VERBAL

Como prova de fato que a Bíblia é inspirada em palavra e não meramente em pensamento, chamamos a atenção para as evidencias seguintes:

(1) A Escritura inspirada envolve necessariamente a inspiração verbal.

É nos dito que a Escritura é inspirada. A Escritura consiste de palavras escritas. Assim, necessariamente, temos inspiração verbal.

(2) Paulo afirmou que ele empregou palavras a ele ensinadas pelo Espírito Santo.

Em 1 Cor. 2:13, ao referir-se às coisas que ele conheceu pelo Espírito Santo, disse: “Quais coisas falamos, não nas palavras que a humana sabedoria ensina, mas que O Espírito Santo ensina”. É isto uma afirmação positiva da parte de Paulo que ele não foi deixado a si mesmo na seleção de palavras. [Alguns acusam que em Atos 23:5, 1 Cor. 7:10,12, Paulo admite a não inspiração. Em Atos 23:5 Paulo diz a respeito do Sumo Sacerdote: "Não sabia, irmãos, que era o Sumo sacerdote". Isto "pode ser explicado tanto como a linguagem de ironia indignada: "Eu não reconheceria tal homem como Sumo Sacerdote"; ou, mais naturalmente, como uma confissão atual de ignorância e falibilidade pessoais, o que não afeta a inspiração de qualquer dos ensinos ou escritos finais de Paulo" (Strong). Inspiração não significa que os escritores da Bíblia foram sempre infalíveis no juízo ou impecáveis na vida, mas que, na sua capacidade de mestres oficiais e interpretes de Deus, eram conservados do erro.
Nas passagens da primeira epístola aos Corintios diz Paulo no caso de um mandamento: "Mando eu, todavia não eu, mas o Senhor"; ao passo que no caso de outros mandamentos diz ele: "O resto falo eu, não o Senhor". Mas notai que no fim das últimas séries de exortações ele diz: "Penso... que eu tenho o Espírito de Deus" (1 Cor. 7:40). Aqui, portanto, Paulo distingue... não entre os seus mandamentos próprios e inspirados, mas entre aqueles que procediam de sua própria (inspirada de Deus) subjetividade e os que Cristo mesmo supriu por Sua palavra objetiva" (Meyer, in Loco).]

(3) Pedro afirmou a inspiração verbal dos seus próprios escritos como dos outros apóstolos.

Em 2 Pedro 3:1,2,15,16 Pedro põe os seus próprios escritos e os de outros apóstolos em nível com as Escrituras do Velho Testamento. E desde que Pedro creu que as Escrituras do Velho Testamento eram verbalmente inspiradas (Atos 1:16), segue-se, portanto, que ele considerava os seus escritos e os de outros apóstolos como verbalmente inspirados. [A questão pode ser levantada como a dissimulação de Pedro em Antioquia, onde temos uma "negação prática de suas convicções, separando-se retirado-se dos cristãos gentios (Gl 2,11-13) " (Strong). "Aqui não era o ensino público, mas a influência do exemplo particular. Mas nem neste caso, nem o referido acima (Atos 23:5), Deus permitiu o erro ser estabelecido. Por meio da atuação de Paulo, o Santo Espírito define o correto" (Strong)]

(4) Citações no Novo Testamento tiradas do Velho provam a inspiração verbal dos escritores do Novo Testamento.

Os judeus tinham um respeito supersticioso pela propria letra da Escritura. Certamente, então, os judeus devotos, se deixados a si mesmos, seriam extremamente cuidadosos ao citar as Escrituras, como está escrito. Mas nós encontramos no Novo Testamento 263 citações diretas do Antigo Testamento, e destes, segundo Horne, oitenta e oito são citações verbais da Septuaginta, sessenta e quatro são emprestados a partir dele; trinta e sete têm o mesmo significado, mas palavras diferentes; dezesseis concordam mais perto com o hebraico, e vinte diferem tanto do hebraico como da Septuaginta. Todos os escritores do Novo Testamento, exceto Lucas, eram judeus, mas eles não escrevem como os judeus. O que pode explicar isso, se eles não estavam conscientes de sua sanção divina de cada palavra que escreveram? Alguns bons exemplos de citações do Antigo Testamento pelos escritores do Novo Testamento, onde um novo significado é posto em que as citações se encontram em Rm. 4:6,7, que é uma citação de Salmos. 32:1 e Rm. 10:6-8, que é uma citação de Dt. 30:11-14

(5) Mateus afirma que o Senhor falou através dos profetas do Velho Testamento.

Veja a Versão Revisada de Mt. 1:22 e 2:15.

(6) Lucas afirmou que o Senhor falou pela boca dos santos profetas. Lucas 1:70.

(7) O escritor aos hebreus afirma o mesmo (Hb. 1:1).

(8) Pedro afirmou que o Espírito Santo falou pela boca de Davi. Atos 1:16.

(9) O argumento de Paulo em Gl. 3:16 implica inspiração verbal.

Neste lugar Paulo baseia um argumento no número singular da palavra “semente” na promessa de Deus a Abraão.

(10) Os escritores do Velho Testamento implicaram e ensinaram constantemente a autoridade divina de suas próprias palavras.

As passagens em prova disto são numerosas demais para precisarem de menção.

(11) A profecia cumprida é prova da inspiração verbal.

Um estudo da profecia cumprida convencerá qualquer pessoa esclarecida que os profetas foram necessariamente inspirados nas próprias palavras que enunciaram; do contrário, não podiam ter predito algo do que eles souberam muito pouco.

(12) Jesus afirmou a inspiração verbal das escrituras.

Jesus disse: “A Escritura não pode ser anulada” (João 10:35), o que Ele quis dizer que o sentido da Escritura não pode ser afrouxada nem sua verdade destruída. Sentido e verdade estão dependendo de palavras para sua expressão. Sentido infalível é impossível sem palavras infalíveis.
Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Revisão da tradução e gramatical: Viviane Sena 2010

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Não Abandone Sua Fé Em Cristo

A Bíblia Responde
Como é que as pessoas que abandonaram a fé podem se arrepender de novo? Elas já estavam na luz de Deus. Já haviam experimentado o dom do céu e recebido a sua parte do Espírito Santo. Já haviam conhecido por experiência que a palavra de Deus é boa e tinham experimentado os poderes do mundo que há de vir. Mas depois abandonaram a fé. É impossível levar essas pessoas a se arrependerem de novo, pois estão crucificando outra vez o Filho de Deus e zombando publicamente dele.
Hebreus 6:4-6

Portanto, aqueles que chegaram a conhecer o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e que escaparam das imoralidades do mundo, mas depois foram agarrados e dominados por elas, ficam no fim em pior situação do que no começo. Pois teria sido muito melhor que eles nunca tivessem conhecido o caminho certo do que, depois de o conhecerem, voltarem atrás e se afastarem do mandamento sagrado que receberam. O que aconteceu a essas pessoas prova que são verdadeiros estes ditados: "O cachorro volta ao seu próprio vômito" e "A porca lavada volta a rolar na lama."
2 Pedro 2:20-22

Ler também Lucas 11:24-26

domingo, 29 de abril de 2012

Bem Vindos à Família de Deus

Aos amados irmãos que se preparam para o batismo nas águas. É com grande satisfação que compartilho com todos vocês parte de nosso livreto Bem Vindo à Família de Deus. Nesse livreto estão algumas de nossas meditações que tem por objetivo conscientizá-los da importância e ao mesmo tempo prepará-los para o batismo.
Leiam e meditem. Para maiores esclarecimentos, nosso próximo encontro será no domingo próximo, às 18h. Espero com grande satisfação o momento oportuno em que compartilharemos juntos das grandezas de Deus.
Em Cristo Jesus; Pr Moisés Martins.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Uma Séria Reflexão Sobre O Pecado


"Mel na caveira de um leão morto"

"Sansão foi levantado por Deus num tempo de opressão. Seu nascimento foi um milagre. Foi consagrado a Deus como nazireu desde o ventre. Tornou-se um portento. Sua força era colossal. Era um jovem prodígio, um verdadeiro gigante, homem imbatível. Seu único problema é que não conseguia dominar seus impulsos. Um dia viu uma jovem filisteia e disse a seu pai: “Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois por esposa [...] porque só desta me agrado” (Jz 14.2,3). Seu pai tentou demovê-lo, mas Sansão não o ouviu". 
"Certa feita, caminhando pelas vinhas de Timna, um leão novo, bramando, saiu ao seu encontro, mas Sansão rasgou esse leão como se rasga um cabrito. Depois de alguns dias passou pelo mesmo local e foi dar uma olhada no corpo do leão morto. Estava ali, na caveira do leão, um enxame de abelhas. Sansão pegou um favo de mel nas mãos e se foi andando e comendo dele (Jz 14.8,9). Sansão era nazireu e não podia tocar em cadáver. Ele quebrou, ali, o primeiro voto de sua consagração a Deus. Ele procurou doçura na podridão. Ele comeu mel da caveira de um leão morto. Muitos ainda hoje buscam prazer no pecado e procuram doçura naquilo que é impuro. Por isso, perdem a unção, a paz e a intimidade com Deus.
A Bíblia diz que um abismo chama outro abismo. Porque Sansão quebrou o primeiro voto do nazireado, abriu a porta para outras quedas. Na festa de casamento, com vergonha de assumir sua posição de nazireu, Sansão fez ali um banquete; porque assim o costumavam fazer os moços (Jz 14.10). Sansão preferiu imitar os moços de sua época a posicionar-se como um ungido de Deus. Além de não tocar em cadáver, um nazireu não podia beber vinho. Mas, Sansão quebrou mais esse voto de consagração por não ter peito para ser diferente e fazer diferença. Daí para frente, sua vida foi de queda em queda. Coabitou com uma prostituta em Gaza (Jz 14.1) e afeiçoou-se a Dalila (Jz 14.4). Essa mulher astuta o seduziu e arrancou dele a confissão acerca da origem de sua força. Um nazireu não podia cortar o cabelo, mas a cabeça de Sansão foi raspada. Esse jovem prodígio perdeu sua força. O Espírito Santo retirou-se dele. Caiu nas mãos dos filisteus. Estes, lhe vazaram os olhos e escarneceram dele num templo pagão". 
"Sansão brincou com o pecado e o pecado o arruinou. Sansão não escutou conselhos e fez manobras erradas na vida. Sansão fez pouco caso de seus votos de consagração e perdeu o vigor de seu testemunho. Perdeu sua força e sua visão. Perdeu sua dignidade e sua própria vida. Vocacionado para ser o libertador do seu povo, tornou-se cativo. Porque desprezou os princípios de Deus, o nome de Deus foi insultado num templo pagão por sua causa". 
"A vida de Sansão é um brado de alerta para a nossa geração. Há muitos jovens, que à semelhança de Sansão, não escutam seus pais. Muitos jovens, mesmo sendo consagrados a Deus, filhos da promessa, vivem flertando com o mundo, amando o mundo, sendo amigos do mundo e conformando-se com o mundo, procurando mel na caveira de leão morto. Muitos crentes têm perdido a coragem de ser diferentes. Imitam o mundo em vez de serem luz nas trevas. Fazem suas festas como o costumam fazer aqueles que não conhecem a Deus. Transigem com os absolutos de Deus e entregam-se às aventuras, buscando uma satisfação imediata de seus desejos. Esse caminho, embora cheio de aventuras e prazeres, é um caminho de escuridão, escravidão e morte. O pecado é um embuste. Promete prazer e traz tormento. Promete liberdade e escraviza. Promete vida e mata. O pecado levará você mais longe do que gostaria de ir; reterá você mais tempo do que gostaria de ficar e, custará a você um preço mais do alto do que gostaria de pagar".

Rev. Hernandes Dias Lopes (Boletim Nº 152, de 10 de Abril de 2012)

domingo, 8 de abril de 2012

John Piper – O fluir da Páscoa: uma teologia inteira da Ressurreição em um capítulo


Ele ressuscitou! E como é grande o transbordar daquele único evento. Foi cósmico. Sim! da parte de Deus Pai, a morte teve todo efeito que era para ter. E foi o início da existência eterna do Deus-Homem em um corpo novo e glorioso em que Ele finalmente iria reinar sobre a terra para sempre. E muito, muito mais.
Há toda uma teologia da ressurreição e seus resultados em 1 Coríntios 15. Aqui vai um resumo. Que cada um destes penetre. Saboreie cada um. Em seguida, inicie a sua nova semana (o resto da sua vida) abundantes na obra de Deus lhe chama, ” sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”.
1. Cristo morreu por nós e ressuscitou.
Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (1 Coríntios 15:3-4)
2. Ele confirmou a sua ressurreição por grandes aparições públicas.
Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.. (1 Coríntios 15:6)
3. Porque Cristo ressuscitou, nós não ainda permanecemos em nossos pecados.
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. (1 Coríntios 15:17)
4. Porque Cristo ressuscitou, nossas vida cheias de aflições não são lamentáveis.
Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. (1 Coríntios 15:19)
5. Nós que confiamos em Cristo seremos ressuscitados dentre os mortos na segunda vinda de Cristo.
Porque, assim como todos [sua posteridade] morrem em Adão, assim também todos [sua posteridade] serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. (1 Coríntios 15:22-23)
6. Cristo reina agora invencivelmente sobre o universo.
Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. (1 Coríntios 15:25-26)
7. O nosso corpo ressurreto será incorruptível, glorioso, poderoso e espiritual.
Semeia-se o corpo [o nosso corpo da ressurreição] em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. (1 Coríntios 15:42-44)
8. Vivos ou mortos, nos serão dadod novos corpos em um instante na vinda de Cristo.
Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (1 Coríntios 15:51-52)
9. A morte não tem mais seu aguilhão e será tragada na vitória.
E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? (1 Coríntios 15:54-55)
10. Cristo sofreu pelo pecado e satisfez a lei por nós.
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Coríntios 15:56-57)
11. Portanto, faça uma grande quantidade de obras que exalte a Cristo, porque nenhuma é em vão.
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. (1 Coríntios 15:58)
Por John Piper © Desiring God. Website: desiringGod.org

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Nicky Cruz - testemunho edificante (A Cruz e o Punhal)


Nicky Cruz foi o líder da famigerada gangue "The Mau-Maus" de Nova Iorque. 
Era caracterizado como uma pessoa muito incontrolável, que não tinha medo de nada nem de ninguém. Sua infância foi muito perturbadora, vivendo em um dos piores bairros de Porto Rico sempre se envolvia em confusão. Sua própria mãe o chamava de "Filho de Satã".
Nicky também não era um adolescente fácil e rapidamente fugiu, indo morar nas ruas.
Em Nova York havia muitas gangues de rua. As gangues eram espécies de grupos comandados por um presidente e o vice. Também havia os conselheiros de guerra, eles negociavam as brigas: Local,dia e hora. Suas brigas eram violentas, usavam desde tacos de beisebol, porretes, canivetes, correntes de bicicleta e etc. Muitos saíam deformados das brigas, já outros nem tinham chance de chegar ao hospital. Nicky, ouvindo falar dessas gangues, se interessou, assim entrou para uma gangue denominada os "Mau Maus". Nick era respeitado pelos seus colegas de gangue, conhecido como o mais bravo e forte nas brigas e rapidamente se tornou o líder desta gangue.

Não deixe de assistir e ouvir o testemunho pelo próprio Nicky, reconhecendo o ministério de David Wilkerson (O Pregador Magricela).




Imagens retirados do DVD do filme "Cruz e o Punhal"

Jesus, Não um dos, e sim O



O texto a seguir é uma demonstração que os homens, na tentativa de menosprezar o Cristianismo, vem tentando comparar Jesus Cristo - o Filho do homem e ao mesmo tempo o Filho de Deus, o próprio Deus e a Vida Eterna - como um mortal qualquer que tenha escrito sua história e deixado um legado que mudou uma era e influenciou gerações. Porém, é de salutar importância compreendermos que Jesus Cristo é infinitamente incomparável com qualquer homem que tenha caminhado nessa terra. Todos eles, sem exceção, morreram e aguardam o juízo de Deus, para salvação ou perdição eterna. Entretanto, Jesus Cristo morreu e ressuscitou, vivo está para julgar os vivos e os mortos naquele grande dia. A Ele toda honra, glória e louvor, pois todas as coisas forma criados para o louvor da Sua glória. Em fim, leiamos o texto a seguir de Kevin de Young (Pr Moisés Martins)




Não Um Dos, E Sim O


Kevin DeYoung



Kevin DeYoung é o pastor da University Reformed Church em East Lasing, MI, EUA. Obteve sua graduação pelo Hope College e seu mestrado pelo Gordon-Conwell Theological Seminary. É autor de diversos livros, preletor em conferências teológicas e pastorais, é cooperador do ministério "The Gospel Coalition" e mantém um Blog na internet "DeYoung, restless and reformed". Kevin é casado com Trisha com quem tem 4 filhos.



Há uma pergunta fundamental que todos nós temos de enfrentar. Por "fundamental", não quero dizer que ela é a única pergunta que temos de responder. O que pretendo dizer é que esta pergunta é tão importante que, se você a entende errado, você entenderá errado a maioria das coisas que são realmente importantes. A pergunta fundamental é aquela famosa pergunta que Jesus fez aos discípulos em Cesareia de Filipe: "Vós, quem dizeis que eu sou?" (Mc 8.29).
Talvez alguns se surpreendam com o fato de que Jesus fez esta pergunta. A pergunta fundamental para Jesus não é "Quem são os seus pais?", ou "Você tem mente aberta?", ou "O que você fará para mim?" A pergunta fundamental diz respeito ao que você crê. Jesus está interessado na fé e começa com doutrina.
Há pouco tempo, enquanto eu andava por um ponte que fica perto de nossa igreja, vi um grafite que dizia: "Eu não preciso de religião. Eu tenho uma consciência". Posso apenas imaginar o que aquele grafiteiro estava tentando dizer, mas penso que ele (ou ela) admite que a religião é apenas um truque para levar as pessoas a se reorientarem e se comportarem melhor. A religião é para ele nada mais do que um código moral para se fazer o bem. E quem precisa de um código religioso, com todos os seus rituais e acessórios institucionais, se tem uma consciência?
No entanto, o grafiteiro entendeu muito mal o cristianismo. A pergunta fundamental para Jesus não é "Você fará o que eu quero que você faça?", e sim "O que você diz que eu sou?" Tudo flui de um entendimento correto sobre Jesus – não somente o que ele ensinou ou o que ele fez, mas quem ele é.
Inicialmente, Jesus perguntou aos discípulos: "Quem dizem os homens que sou eu?" (Mc 8.27). Em outras palavras: "O que vocês estão ouvindo as pessoas dizerem sobre mim? O que elas falam nas ruas?" Os discípulos deram três respostas: "Uns estão convencidos de que tu és João Batista; outros acham que tu és Elias. E existem outros que não têm certeza e pensam que tu és um dos profetas". Isso é impressionante. Aquelas pessoas reconheceram que Jesus era um homem que ensinava o caminho de Deus, um líder que chamava o povo de volta para Deus. Sabiam que Jesus fazia milagres como Elias, falava com autoridade como os profetas e tinha seguidores como João. Nada mau. Chamar Jesus de "um dos profetas", depois de quatro séculos de anos silenciosos, após Malaquias, é uma afirmação impressionante.
No entanto, as multidões estavam muito erradas. Jesus não é um dos; ele é o. Jesus não é um apontador como João Batista, Elias ou um dos profetas. Ele é o ponto. Parece muito nobre chamar Jesus de um profeta, um mestre popular, um realizador de maravilhas, um homem bom, um exemplo brilhante ou uma parte de uma extensa lista de pessoas iluminadas. Contudo, todas essas descrições erram no que diz respeito a quem é Jesus. Em todas elas, você está dizendo que Jesus é um dos (cf. v. 28). E, se você diz que Jesus é apenas um dos e não o, você não o entendeu. Você não percebe quem ele realmente é. Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16).
Talvez você pense que esteja dizendo coisas complementares sobre Jesus, quando o chama de um dos profetas, um grande homem ou um mestre iluminado. Contudo, você não o está realmente complementando. É como dizer que o sol é uma das muitas luzes que usamos para iluminar a casa, que Michael Jordan costumava jogar basquete para os Bulls ou que Barack Obama possui uma casa em Chicago. Essas afirmações são todas verdadeiras. Mas são também falsas porque não dizem o bastante. O sol é a estrela de nosso sistema solar. Michael Jordan é o melhor jogador de basquete de todos os tempos. Barack Obama é o presidente dos Estados Unidos. Se você não diz essas coisas, não está dizendo o que é realmente importante. Por não dizer o que é mais importante e mais singular, você está, na verdade, dizendo algo enganador.
No que diz respeito a identificar Jesus, verdades parciais que ignoram a verdade maior acabam contando uma mentira. É verdade que Jesus é um profeta (Mc 6.4; Dt 18.18). Mas ele não é como João Batista. Jesus não é outro Elias. Ele não é meramente um dos profetas. Jesus é aquele para quem todos os outros profetas apontavam. Por isso, chamar Jesus de profeta e nada mais do que um profeta equivale a não compreender, no nível mais profundo, quem é este homem. Se você descrevesse sua esposa como "uma mulher bonita entre muitas mulheres bonitas no mundo", como "uma pessoa que eu respeito profundamente" ou como "a última numa extensa lista de mulheres que amei", a sua esposa ficaria satisfeita? É claro que não. Você a teria menosprezado com elogios fracos. Você a teria insultado por diminuir sua singularidade e descrevê-la em termos muito aquém do que ela merece.
Portanto, rejeite todas essas descrições ilógicas de que Jesus é como Maomé, como Buda, como Dalai Lama, Ghandi ou a sua avó piedosa. Ele não é como ninguém mais. E, por isso, não fiquemos impressionados quando alguém chama Jesus de um homem bom, uma pessoa iluminada ou um dos profetas. Ele não é um dos, ele é O.

Traduzido por: Francisco Wellington Ferreira
Editor: Tiago Santos

Copyright © Kevin DeYoung 2012
Copyright © Editora Fiel 2012
Traduzido do original em inglês: Not one of, but the One, por Kevin DeYoung, publicado no site: www.thegospelcoalition.com.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

E-MAIL PARA CONTATO

Para conhecimento de todos informamos nosso novo e-mail para contato: mipacd@gmail.com
Para nós uma honra poder atender você, tirando suas dúvidas e colaborando naquilo que for possível.
Em Cristo Jesus;
Missão Pentecostal Aliança Com Deus - Restaurando Famílias, Conquistando Nações.

“Caminho da Redenção” ebook de Páscoa inédito de Spurgeon; baixe em PDF

Sermões especiais com tema relativos  aos sofrimentos, morte e ressurreição de Jesus Cristo, especialmente para serem lançados nesse período onde muitos comemoram a Páscoa de Cristo; agora você pode baixar o ebook completo “Caminho da Redenção”, um livro que formamos com esses sermões.
Prefácio
Em 2011, nós do Projeto Spurgeon preparamos uma série de sermões especiais para Páscoa que entitulamos “Sermões sobre a Paixão de Cristo”, que se constituíam de 6 sermões, sendo os 5 primeiros uma série que o pastor Charles Haddon Spurgeon pregou em 1882 no Tabernáculo Metropolitano, em Londres, nos quais ele abordou alguns temas principais quanto a paixão de Cristo focando entre as narrações do julgamento de Jesus perante o Sinédrio até o julgamento final de Pilatos, e um último especifico sobre a morte de Cristo como fechamento da série.
Agora em 2012, pela graça de Deus, empenhamos um esforço de traduzir outros sermões que abrangessem mais fatos do que o da série passada, e nos focamos especialmente no periodo entre a agonia de Cristo no Jardim do Getsemani até a manhã da Ressureição, por isso intitulamos a série de “Caminho da Redenção” pois traduzimos sermões representativos de várias etapas antes e de depois da crucificação e morte de Cristo na cruz, nos quais traçam o caminho de Jesus até concluir o plano da salvação elaborado desde antes da fundação do mundo.
O leitor notará que na maior parte desses sermões, Spurgeon usava-se de um fato relativo a cena descrita, como o Jardim, o Véu, a Escuridão, o Ladrão penitente, Barrabás, os Ossos e sangue de Cristo, a Pedra e o Sepulcro,  e desses temas ele infere lições preciosas sobre a obra de Cristo na redenção: sua morte substitutiva, seu cumprimento da Lei, seu sofrimento em nosso lugar da ira de Deus, sua obra concluida no Calvário certificada pela ressureição. Nosso desejo é que o Espirito Santo use esses sermões para conversão de muitos pecadores, para edificação de Sua igreja e despertamento de todos os crentes e daqueles que estão desanimados na fé, que recobrem forças, que desfrutem da “páscoa de Cristo que já foi sacrificada por nós”.
Armando Marcos 
índice
1199 – A Agonia do Getsêmani
595 – Barrabás
1168 – A Coroa de Espinhos
1896 – As Três horas de Trevas
421 – “Está consumado!”
2078 – O Ladrão que Creu
2015 – O Véu Rasgado
2059 – Milagres Posteriores a Morte de Nosso Senhor
1956 – Os Ossos e o lado Traspassado de Jesus
863 – A Pedra Removida
1081 – Uma Visita ao Sepulcro

JC Jornal Cultura Debate Bitcoins 14072017

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